quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Linéia no jardim de Monet




Lembro que por volta dos sete anos andando entre as prateleiras da biblioteca da escola me deparei pela primeira vez com o livro Linéia nos jardins de Monet e me encante com os desenhos do livro, o aluguei e o levei para casa para ler com minha mãe e juntas nos apaixonamos por essa garotinha encantadora e seu vizinho amável que dividem um amor igual por flores e jardinagem; afinal ser filha de uma amante das ates como minha mãe, fui introduzida neste mundo de pinturas muito cedo.
O livro conta a historia da Linéia e Silvestre, que vão para a França para conhecer Paris e principalmente Giverny casa onde Monet morou nos seus últimos anos de vida com a família e pintou suas maiores obras primas inspiradas em seu jardim.
Não preciso dizer que depois de ler o livro ir para a França quase se tornou uma obsessão para mim mesmo muito nova na época, e que mesmo com sete anos e uma mesada insignificante para uma viagem deste porte comecei a juntar dinheiro para seguir os passos da Linéia. Aos 18 anos tive oportunidade de ir a Paris, mas optei por não ir a Giverny, afinal queria dividir o momento com minha mãe, pois Monet é nosso pintor favorito. Ano passado, aos 23 anos tive novamente a oportunidade de ir à França novamente, desta vez acompanhada pela minha mãe e meu irmão e finalmente conheci Giverny.
O livro de leitura leve e imagens deliciosas te faz sonhar, e muito. A forma como as autora Christina Bjork e a ilustradora Llena Anderson fizeram um trabalho  sensacional. Poso dizer que me emocionei muito com a visita ao jardim, pois revivi uma parte gostosa da minha infância que este livro me proporcionou. É um livro pequeno admito e voltado para o publico infantil, mas sinceramente? Qualquer um que resolva se aventurar em suas paginas vão se render e apaixonar por essa historia tão cativante.
O carinho que a editora Salamandra teve com a tradução e a diagramação é único  As  folhas são de uma qualidade espantosa, a capa dura transforma o livro em quase uma obra de arte para se ter por toda a vida. O meu exemplar já é velhinho, e foi lido e relido diversas vezes e o amo.
Se surgir uma oportunidade  de presentear um filho, sobrinho ou até um amigo querido esse livro é uma boa sugestão. 


(Postais que comprei em Giverny)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sob o sol da Toscana


Não foi difícil sentir o doce aroma de um tomate recém cortado e temperado apenas com azeite ao ler “Sob o sol da Toscana”.
O livro conseguiu me transportar para o verão italiano de uma forma que muitas vezes esquecia que estava deitada em minha cama saboreando as palavras e não deitada em uma sombra de uma árvore ouvindo os sons dos pássaros cantando e do vento.
Para quem acha que o livro se parece com o filme de mesmo nome já aviso que as semelhanças são poucas, dentre elas a Toscana, uma velha casa a ser reformada, os trabalhadores poloneses e as paisagens inigualáveis. Admito que estranhei a enorme diferença da historia já que o livro deu origem ao filme, mas ele foi me conquistando de tal forma que se tornou um dos meus livros favoritos.
A historia como todos sabemos se passa na Itália, e a narrativa tem seu começo quando a autora Frances Mayes e seu marido Ed compram uma casa em Cortona na Toscana e com a casa vem dores de cabeça intermináveis e muitas alegrias. Ela nos descreve todo o seu processo dês da aquisição de Bramasole até a ultima grande reforma da casa, todo esse processo no livro durou 3 anos, e ao terminarmos ainda sabemos que ela vai fazer algumas outras modificações na casa em seu próximo verão.
Sua descrição dos sabores e cheiros da Itália dão água na boca e me fazia sentir o gosto da uva ou do pêssego branco que era comum após as refeições no verão. E admito me deu uma vontade de comprar uma casa na Itália e passar o verão cozinhando como Frances, principalmente nos dois capítulos onde ela coloca algumas receitas citadas na história.
Posso dizer que amei a narrativa e a escrita da autora, mas para quem não gosta de reformas acredito que o livro possa se tornar um pouco enfadonho já que boa parte dele Frances descreve com certa minucia seu desespero com o dolce far niente que teve que enfrentar de empreiteiros e trabalhadores.
Para quem quer uma leitura leve na qual nos sentimos parte das conquistas feitas com os projetos de Bramasole, e pinceladas de cultura local italiana, onde a culinária é tão forte quanto o sol do verão o livro sem duvida é uma excelente pedida.